sábado, 29 de dezembro de 2007

Mais uma lição do mestre...

Numa ida despretensiosa à locadora acabei alugando um filme que queria ver desde que saiu em alguns poucos cinemas no ano de 2004. Um filme que conta com um elenco de atores renomados, diretor bem falado e texto de Shakespeare não poderia ser uma má escolha. Das prateleiras da locadora Popular para o meu aparelho de DVD saiu "O mercador de Veneza".

A princípio surpreendi-me com uma atuação deveras mediana de Al Pacino como o agiota judeu Shylock, mas depois de algum tempo de filme, compreendendo o real tormento da alma de Shylock as coisas melhoraram um pouco. Um pouco. Já Jeremy Irons (Antonio) e Lynn Collins (Portia) - de quem nunca havia sequer ouvido falar - tiveram bons momentos, principalmente Collins.

O filme deixou um pouco a desejar por não conseguir aliar a rapidez do desenvolvimento da história e a clareza, porém isso fica compreensível quando se considera que as peças de Shakespeare definitivamente não foram feitas para durar apenas duas horas. Pressa não era um dos elementos base no desenvolvimento de suas histórias.

Ao voltar na locadora para devolver o filme, me deparei com "A megera domada" (1967) estrelando Richard Burton e Elizabeth Taylor. "Imperdível", pensei logo de cara, aproveitando então o embalo shakespeariano, loquei.

As atuações são pouco atraentes aos olhos, não pela falta de qualidade, mas pelo contexto retratado. Interessante foi notar a preocupação em manter o "deboche teatral" de Shakespeare. Exageros que seriam inaceitáveis nas telas de cinema foram admitidos por fidelidade à obra. Algumas coisas, porém, passaram dos limites do meu gosto. Um filme muito bom para quem tolera o vocábulo prolixo de Shakespeare e as imagens recauchutadas de filmes antigos.

No entanto, como diria o próprio Shakespeare: "Existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia". E nesses dois filmes seguidos foi que muita coisa sobre o camarada autor me saltou aos olhos.

Louvamos sua genialidade com as palavras, mas talvez no nosso pouco conhecimento deixemos passar algumas características fantásticas de sua obra. Eu, particularmente, sempre percebi Shakespeare como um cara um pouco sacana que gosta de uma piadinha suja por debaixo dos panos (pelo menos para nós, meros cidadãos do futuro). Um humor notávelmente popular e rude. Mas o que eu nunca havia notado era como essa robustez levemente se dissolvia em mensagens brandas e de bons costumes. Me parece que suas obras sempre julgavam ter algo à acrescentar. As figuras do amor, da fidelidade, da amizade e da justiça têm sempre grande destaque e, apesar de fugir da dicotomia exagerada entre o bem e o mal, o triunfo dessas características é sempre evidente. Mesmo nos tristes fins.

Shakespeare talvez possa nos ajudar a compreender, dentro da ótica cristã, o que é cativar um público e passar uma mensagem sem "agressões" psicológicas e obviedades. E bendito seja ele se o fizer!

terça-feira, 25 de dezembro de 2007

sábado, 22 de dezembro de 2007

Vivendo e... com a pulga atrás da orelha!

Puxa vida... como eu entendo tão pouco desse negócio de teatro e cultura...

Ao ler pela primeira vez o post de um amigo no Orkut sobre o antropofagismo cultural proclamado por Oswald de Andrade e O TAL do grito quadrifônico da independência, confesso que pensei comigo mesmo: "Hein??? Entendi não... mas falou bonito." haha Daquele jeitinho mesmo que eu acho que nunca deve ser feito... rs

Resolvi na minha cabeça que antropofagia era uma palavra bonita pra se lançar no meio de uma discussão sobre teatro. (o.O)

Pesquisar que é bom... NADA! Até agora... 1:00h da manhã de sexta para sábado quando resolvi procurar no google e ler o bendito Manifesto Antropofágico... Santa ignorância essa minha... Confesso não ter entendido metade das coisas. Isso me levou a pensar:

Se eu tivesse respondido alguma coisa menos vergonhosa do que "li somente um livro esse ano" naquela enquete (da comunidade) talvez eu estivesse mais por dentro...

Enfim, isso só serve para confirmar que a idéia que surgiu de criarmos um grupo de estudos teatrais está cada vez mais necessária para me atualizar.

Se você, como eu, não tem a menor da idéia do que seja o Manifesto ou do que viria a significar antropofagia nesse caso... taí a transcrição do tal do Manifesto da Pulga atrás da orelha... Quem quiser que me acompanhe...

Ainda tem muito o que aprender e eu sou o primeiro na fila agora...

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Incurável

Me percebo incurável de um mal que não sabia, até pouco tempo, sofrer dele. Sofro da falta de palavras para descrever meus sentimentos. Talvez esse mal já me acompanhe desde a época em que não sabia falar de amor nem admitir amar, mas disso, graças a Deus, já fui curado. Terapia de choque. Bater de frente com o seu medo e perceber que ele veio pra ficar, melhor se acostumar com ele. E, no final das contas, até que ele nem é tão mal assim.

Quando me deixei amar com palavras, percebi que algo se libertava dentro de mim. Um elo de relacionamentos verdadeiros e sinceros se fechava e um leque de oportunidades se abria. Caminhos de um mundo que até então não conhecia bem - a amizade. Mas, se não me engano, já falei sobre isso por aqui.

Hoje enfrento meu medo das palavras que escrevo e espero que disso saia algum fruto bom. ao menos aproveitável. Isso é o que me leva a escrever esse texto sem fim. O medo de terminá-lo.

domingo, 25 de novembro de 2007

Língua no vermelho


Estive pensando:
A gente se cria pra algo... o mundo nos exige o inverso.
No final, todos pagamos língua!

Bem que eu queria ter um saldo devedor menor.

sábado, 17 de novembro de 2007

... 9

Ok, ok... Bem que eu tive a boa intenção de falar sobre todos os filmes que assisti essa semana, mas o número fugiu ao meu controle. Foram nove ao todo, de sábado a sábado. Por esse motivo, vou me limitar a dar uma avaliação breve de cada um:

1- Fale com ela **** - sutilmente provocador; bom.
2- Garota, Interrompida ***** - Atuações fantásticas; muito bom.
3- Uma lição de amor **** - Boas atuações e história que vale a pena; bom.
4- O maior amor do mundo ** - História pouco envolvente, imagens pouco atrativas e atuações medianas; ruim.
5- Um ato de coragem *** - Hollywood; normal.
6- 1408 **** - Vale ver a atuação de John Cusack, mas o roteiro peca em alguns pontos; bom.
7- Volver **** - Envolvente, surpreendente; bom.
8- O cheiro do ralo ***** - Cinco estrelas pelo inusitado bem trabalhado; muito bom.
9- Antes só do que mal casado ** - Massivo, idêntico aos outros; ruim.

Ps. São só minhas opiniões, não tenho a intenção de bancar o crítico de cinema.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

1, 2...

Essa semana estou me dando o privilégio de assistir a 5 filmes que aluguei em meio ao caos de trabalhos e provas da faculdade. Os dois primeiros foram: "Fale com ela" e "Garota, interrompida".

"Fale com ela", de Almodóvar, a princípio me causou medo, simplesmente pela concepção geral do que é Almodóvar na boca do povo. Confesso que torci sombrancelhas e mostrei caretas a esse nome por muito tempo. Mas como a Pipa mesmo me disse: "É seu primeiro Almodóvar, né? Tadinho!" e ela deve ter razão. Gostei muito do filme e acho que acima de tudo tive a oportunidade de avaliar a tal "concepção geral" descobrindo que não está errada, apenas distorcida - ou não. Mas enfim, ainda não expresso opiniões além do "gostei ou não". Dizem que a primeira vez é sempre meio inconclusiva...

De "Garota, Interrompida" sinto-me mais livre pra falar, afinal James Mangold não é um mito. O filme conta com atuações fantásticas de Winona Ryder, Angelina Jolie - vencedora do oscar de atriz coadjuvante pelo papel - e Whoopy Goldberg. Esta última, aliás, sendo a que mais me surpreendeu. Que seu trabalho é de qualidade eu nunca duvidei, mas acho que nunca a vi tão forte e ainda assim tão "suave" na cena. Uma personagem coerente e consciente do seu papel. O filme inteiro é uma beleza, recomendo.

Na sua próxima ida à locadora, considere as duas opções.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Lembrei desse poema hoje...

Essa definitivamente é a minha parte favorita do filme Patch Adams e uma das poucas que me arrancam lágrimas solitárias todas as vezes. Abaixo está o poema completo:

Sonet 17 of Pablo Neruda's 100 Love Sonets

I do not love you as if you were salt-rose, or topaz,
or the arrow of carnations the fire shoots off.
I love you as certain dark things are to be loved,
in secret, between the shadow and the soul.

I love you as the plant that never blooms,
but carries in itself the light of hidden flowers;
thanks to your love a certain solid fragrance,
risen from the earth, lives darkly in my body.

I love you without knowing how, or when, or from where.
I love you straightforwardly, without complexities or pride;
so I love you because I know no other way

than this: where I does not exist, nor you,
so close that your hand on my chest is my hand,
so close that your eyes close as I fall asleep.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Pérolas de Sabedoria

Matheus Nachtergaele em entrevista sobre a experiência de trabalhar no filme "Cidade de Deus" com atores que nunca haviam feito outro trabalho.



"Às vezes me perguntam como foi trabalhar com atores não-profissionais e eu sempre odiei essa palavra assim: Eu sou profissional. Eu não entendo isso muito e acho que isso está deturpado . Esse termo pra mim ficou misturado com correria atrás de dinheiro, independente de qualquer coisa, sabe? Eu estou muito mais ligado nas vocações das pessoas do que se elas são profissionais ou não. E eles sabiam o filme, queriam o filme e eram, então, na minha opinião, os mais profissionais que eu já tive a honra de ver. Porque estavam envolvidos, estavam vocacionados no momento do filme, dedicados, esforçados e é assim que a gente chama o cara profissional, quer dizer, o cara que quer, que dá o melhor de sí, o cara que entende o que está fazendo, que tem uma sacação, uma tirada ótima de pura inspiração por causa do envolvimento dele com o trabalho e eles estavam assim. Quer dizer, eles eram os atores mais profissionais do cinema, sendo que não eram os profissionais. Me fez pensar sobre isso também, conheço tanta gente que é considerada profissional e que vai pro set entediado... 'Mais um filme', sabe? Foi, assim, um banho de respiro, de frescor nesse sentido. Me relembrar que o profissionalismo, apesar do meu ódio à essa palavra, é a entrega, a paixão, o estar disponível a maior parte do tempo pra que o projeto dê certo e isso acho que acontecia com todos os meninos do 'Cidade de Deus' e com a equipe em geral."

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Caixinha de sugestões

Se houvesse uma caixinha de sugestões que enviasse os recados direto para o céu meu recado de hoje seria:


"A quem possa interessar,


O uso da luz branca tem sido altamente recomendado para economizar energia e diminuir o calor do ambiente. Consciência ambiental é tudo.


Ass. Anônimo"


Ou você acha que eu ia entrar nessa briga? O cara faz a mesma coisa há milênios...

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Quem tem medo da arte?

Ultimamente algumas coisas me motivaram a pensar melhor sobre a arte e a maneira como deve ser encarada por qualquer grupo amador. Sei que minhas opiniões, mais que as de qualquer outra pessoa, são as de um leigo, mas existe algo que me intriga nos grupos que dão certo mesmo sem fazer sucesso ou se dedicarem em tempo integral à arte.

São pessoas que se consideram amadoras, por vezes não desejam aquilo como futuro profissional, mas com certeza se consideram e agem como artistas. Não sei porque a palavra amador tomou um sentido tão pejorativo em alguns meios. "Vocês são APENAS amadores, nunca poderão ser como os profissionais". Talvez isso seja verdade em alguns aspectos, mas quem é o responsável por traçar a linha entre o talento amador e o talento profissional? "Se você consegue fazer isso, isso e aquilo, então você é um amador, se conseguir fazer algo mais, será então um profissional". Na minha concepção essa linha não pode existir e muitos artistas amadores - no melhor sentido da palavra - já desafiaram esse pensamento.

Se tornar um artista é um processo. É preciso aceitar que a arte tem vida própria. A arte alcança o público para passar uma idéia formada pelos artistas. Se o público pudesse moldar a idéia do artista, já não seria mais arte, seria um retrato do que o espectador gostaria de ver. A arte, porém, não quer falar sobre o que o público quer ouvir, mas sobre o que é relevante para o artista. A arte tem o objetivo de questionar e não de afirmar. Quem tenta moldar a arte, tem medo de mudar de idéia.

Não pretendo deixar segredos de sucesso nesse post ou nesse blog, afinal quem sou eu para fazer isso? Sou apenas alguém que resolveu dar a sua opinião para quem quisesse ler e, talvez, entender e contestar.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

É isso que tenho que aguentar...

Oportunidade de Estágio

Titulo: Estágio na aréa de alimentos
Empresa: Confidencial
Curso(s): Engenharia de Alimentos, Nutrição
Período(s) Todos
Sexo: Ambos
Idade: Não informada
No. de Vagas: 2
Horário: tarde (10h às 16h15), noite (16h às 22h15)
Bolsa: R$ 400.00
Benefício(s): Alimentação Na Empresa , Vale Transporte
Função: Assistente de cafeteria e restaurante

sábado, 13 de outubro de 2007

No meio do caminho...

Bem que eu tentei escrever algo legal...
tropecei na formatação...

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

<:o)


Hoje "O palco" completa um ano de carreira. Parabéns para nós!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Contraria(N)do

Podia ficar mais um momento, mas resolveu ir...
Podia respirar mais um pouco, mas resolveu segurar...
Podia fazer muitas coisas, mas resolveu fazer justamente o contrário...
Fazendo assim, aprendeu a dar valor.

Deu valor até quando pode...
Deu saudade...
Bateu a nostalgia.

Fez tudo de novo...
Mas dessa vez ao contrário...
Do contrário...
Se contrariava.

sábado, 6 de outubro de 2007

Abusei...

É fato que boas peças ficam em cartaz por muito tempo. Nesse tempo que me divertia com a idéia do paulista, paulista, paulista que vocês já cansaram de ler, me diverti ao pensar na extrema diferença que existe entre o cenário Belorizontino e Paulistano de cultura e as atrações que eles sustentam. Mais precisamente isso me ocorreu quando passeava pelo site da Belotur e percebi que Belo Horizonte sustenta uma peça de temporada quase infinita.

Cansei de contar as vezes em que perguntei a alguém sobre a última vez que foi ao teatro e a pessoa me respondeu: "Ah, fui assistir 'Meu tio é tia'... é ótimo, você morre de rir". Eu particularmente nunca tive coragem de ir assistir à essa peça - não estou pronto pra morrer ainda - mas por conversas que já tive com pessoas de opinião semelhante à minha, acredito que ela faz parte de uma política de "Pão e Circo" que impera em BH.

Segundo a Wikipédia, em um artigo talvez um pouco inadequado para os fins, "Pão e Circo" era uma conhecida política do Imperador César, exercida no Antigo Império Romano (...) uma maneira de contentar a população oferecendo comida e diversão, dessa maneira obliterando o espírito crítico e a capacidade ativista e contestadora.

Confesso que quando escrevi pela primeira vez nesse artigo a expressão "Pão e Circo" o fiz só porque achei que era legal, mas como pôr links no post dá a idéia de que você realmente pesquisou e se dedicou para completá-lo, resolvi procurar saber. Acho que o que mais me impressionou foi uma frase que talvez descreva exatamente o que quero dizer: obliterando o espírito crítico e a capacidade ativista e contestadora.

Em Belo Horizonte ou você come com os amigos, ou você assiste com os amigos.

-Onde você foi hoje?
-Fui assistir um cinema com os amigos...
-Fui comer com os amigos...
(nesse caso, abre-se uma exceção e beber se torna parte da categoria comer)

Até quando você resolve simplesmente ir ao parque, nós inventamos de fazer piquenique. Aí está o nosso Pão.

O Circo, então, consiste numa falsa cultura representada por peças como "Meu tio é tia", "Greta Garbo, quem diria, acabou no JK" e, é claro, "Como sobreviver em festas e recepções de Buffet escasso" - outra que sobrevive mais que barata em explosão de bomba atômica.

Ir ao teatro é bonito de dizer, mas tem se tornado cultura inútil como muitas outras. Ninguém gosta de pensar, questionar e criticar. Esse é o efeito que eu creio ser causada pelo "Pão e Circo" de Belo Horizonte. Comemos, nos fartamos, e depois vomitamos de tanta "cultura" que é injetada em nossas veias. Ah, sim! Agora somos completos.

Ainda bem que podemos ter a certeza de que durante todo processo de "obliteração do espírito crítico" já ocorrido na história, houve uma força contrária. E na maioria das vezes venceu. Procure as boas coisas de BH, elas existem.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Quem quer Galpão põe o dedo aqui...


Hoje tem apresentação do DVD "Romeu e Julieta em Londres" do Grupo Galpão na praça do Papa, 20h. Ótimo jeito de começar essa temporada paulistana. Infelizmente não sei se poderei ir, mas queria muito.
Faculdade é assim mesmo...


Enfim... a "Higiene e Legislação" me espera. =/

terça-feira, 2 de outubro de 2007

"Break a leg", BH!

Está de volta a época mais gostosa do ano. Eu particularmente acho. Esse finalzinho de frio, as atrações culturais saindo pra passear na praça e sempre boas opções pelos teatro da cidade também. Foi nessa época que conheci pessoas que mudaram muito meu jeito de ser, agir e pensar. Nessa época também que descobri outras pessoas que estavam bem debaixo do meu nariz e tinham muito a me oferecer... mais do que eu imaginava.

Essa época me faz sentir um pouco europeu... Tá bom, nem tanto. Talvez paulista. Vivendo onde as coisas acontecem fora dos shoppings e restaurantes, e mesmo dentro, o clima simplesmente mudou.

Época que descobri meu prazer de "bloguear" por aqui, e que me rendeu boas conversas. Aliás, não poderia deixar de colocar aqui a notícia de nosso primeiro aniversário. Dia 11 de Outubro, viu? Os presentes você pode mandar por aqui mesmo...

Enfim, estou ansioso pelos shows, óperas, teatros e afins dessa época paulistana de BH. Que seja bom, muito bom, enquanto dure.

domingo, 30 de setembro de 2007

O velho novo sonho

Encontrei a razão do meu blog estar tão parado e acho que ela não é novidade pra ninguém. "O palco dos meus pensamentos" tem estado vazio de uns tempos pra cá. Os sonhos teatrais estão cada vez mais longe e, estranhamente, porém não inexplicavelmente, levaram consigo as revoltas e as metáforas.

Não queria que tivesse sido assim. Um relacionamento terminado sem acabar o amor, mas, como sempre no final dessas histórias clichê, alguma coisa reacende uma fagulha capaz de causar uma verdadeira revolução interior.

Não sei se aconteceu tamanho dramalhão dentro de mim, mas fato é que ontem voltei a sonhar - não sem medo - em escrever uma peça, fazer algo diferente, mudar o conceito do teatro cristão e fazê-lo ser adorado por todos. Salvas as devidas proporções (lembra do medo?).

Sonhei com um casal de irmãos. Irmãos como (quase) todos os outros, com infinito amor e ínfimo relacionamento. Sonhei que foram castigados de forma estranha, aí sim, forma que só acontece no teatro, castigados a... brincar. Brincar no quintal, onde, quem diria, existe uma árvore de livros...

Enfim, daí pra frente não interessa muito mais, afinal, se um dia essa peça existir você não vai querer saber o final. Saiba, porém que eu sonho novamente, menos do que devia, mais do que consigo realizar.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Até no sacolão?

Este é um texto no Rascunho que achei aqui hoje sem ser publicado (até onde eu sei...). Saudade da época em que idas ao sacolão produziam posts. Mesmo que ruins.

(05/02/07 - 19:09)

"Toda vez que vou ao sacolão fico meio perdido em meio a tantos vegetais e acabo demorando mais de uma hora para completar minha tarefa. Para minha tristeza vejo pessoas chegando em frente àquelas banquinhas, onde por muitas vezes não acho NADA, e rapidamente saindo com um saco cheio de vegetais ou frutas em perfeito estado. Pelo menos é isso que eles fazem parecer.

Particularmente, levo uma ida ao sacolão sempre muito a sério. Praticamente um treino para a vida. Já pensou um engenheiro de alimentos que não sabe escolher uma fruta? Ou ainda pior. Um ator? Ai, ai, ai. Ahn?

Felizmente, hoje dei um passo enorme na minha luta contra os vegetais. Consegui fazer todas as compras e não cometer praticamente nenhum erro! (ponto pro engenheiro) Consegui também fingir que tinha a mesma destreza que os outros compradores. Bastou que eu mexesse rapidamente nas frutas enquanto houvesse alguém do meu lado, dessa forma não só eu era hábil como também era um consumidor muito exigente! hahaha

Fazer o que? É mania de ator!"

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Padrão


Há tempos procuro algo que me faça sorrir de lado, mudar de cara, sair da monotonia. Hoje descobri meu lugar, fiz amigos, tomei um bom drink. Sai de casa, mudei de ares, quebrei a rotina. Visitei o desconhecido, fiquei no escuro, vi as pessoas andarem pra lá e pra cá.


Mas sabe o que é engraçado? Depois de um tempo, o sorriso se vai, a monotonia vem. Amanhã o lugar não será o mesmo e o drink não terá o mesmo sabor. Vou querer voltar pra casa, fugir das pessoas. Mudar de cara, fazer amigos, buscar novos ares e ficar novamente no escuro.


Quer saber? Eu gosto da monotonia, dos amigos, da casa e de você que me faz sorrir, descobrir, sair, visitar.


Gosto assim mesmo... Padrão.

sexta-feira, 17 de agosto de 2007

I will sing

(Don Moen)

Lord you seem so far away
A million miles or more it feels today
And though I haven't lost my faith
I must confess right now
That it's hard for me to pray

But I don't know what to say
And I don't know where to start
But as you give the grace
With all that's in my heart

I will sing
I will praise
Even in my darkest hour
Through the sorrow and the pain

I will sing
I will praise
Lift my hands to honor you
Because your word is true
I will sing

Lord it's hard for me to see
All the thoughts and plans you have for me
But I will put my trust in you
Knowing that you died to set me free

But I don't know what to say
And I don't know where to start
But as you give the grace
With all that's in my heart

I will sing
I will praise
Even in my darkest hour
Through the sorrow and the pain

I will sing
I will praise
Lift my hands to honor you
Because your word is true
I will sing

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

01:02am

Tá tudo ao contrário. Essa foi a melhor frase que consegui pra iniciar um post que não tem uma idéia tão formada. Achei interessante e acho que dá pra extrair algumas coisas boas simplesmente digitando. Começa por aí a contrariedade. Num momento normal, eu teria a idéia e depois criaria o texto, não criaria o texto tendo a idéia.

É estranho pensar em como as coisas podem acontecer da maneira como quisermos, mas que de certa forma elas acontecerão de toda maneira. Pela regra, no entanto, elas nunca vão acontecer, mesmo se quisermos. Estranho? Não.... pelas regras do meu jogo isso é perfeitamente normal e aceitável.

Pelas regras de um jogo que eu acabei de inventar, ele já existia há muito tempo e isso faz dele uma lenda. Porque lendas são reais.

Porém, toda regra tem uma exceção e nesse momento ela se aplica ao fato de eu estar com sono e ter que dormir.

Game over.

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

:@

Eu simplesmente odeio essa opção de salvar rascunhos do blogger!

Estava agora no meio de um post super inspirado que demorei a bolar quando, de repente, não mais que de repente, por um erro apaguei todo o texto. Tentei dar o sempre salvador Ctrl z mas ele não funciona. Pensei logo, então, em aproveitar o rascunho! EBA! Salvação!

UMA OVA!!!

O bendito do rascunho salvou logo na hora que eu apaguei sem querer!
Aff...

Isso sem contar que ele não tem a competência de saber que quando um post está em branco ele NÃO É UM RASCUNHO e fica salvando o nada toda vez que eu entro na área de postagens!

Valeu demais a ajuda hein, blogger?

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

Ps.

Pois então. O ritmo tá lento. Parece que com a viagem minha cabeça mudou de rumo. Meus pensamentos já não se apresentam mais tão atrativos, mas de vez em quando me dá uma saudade desse lugar aqui. O quê? Não não... abandonar NUNCA. Talvez mais tarde quando eu for velho e rabugento ou quando meus dedos pararem de se mexer, mas espero que até lá já tenham inventado o "voice-activated keyboard" (se é que já não existe).

O que acontece, leitor, é que de vez em quando me falta a articulação necessária para postar aqui. Sou um pouco exigente. Eu sei, preciso ler mais. Procurar saber do mundo. Mas agora minha cabeça está em outros lugares como eu já havia dito.

Ando traçando planos de não planejar que são perfeitamente executáveis nos meus momentos de ócio. Se você não entendeu isso não se preocupe, eu ainda estou lutando com isso. Mas o importante não se encontra nas palavras, eles vêm por outros meios. É igual mas é diferente.

Enfim, saiba que eu estou aqui ainda e confiro pra ver se você esteve aqui todos os dias.

Tenham paciência. É uma grande virtude!

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Coração Gelado


Em uma simples conversa de ônibus, contava-lhes parábolas:


Havia certa mulher que produzia e colecionava esculturas dentro de cubos de gelo. Eram bonequinhos encantados, dotados de vida própria e que voluntariamente ficavam presos dentro dos pequenos cubos.


O processo para colocá-los lá era, no mínimo, interessante e artesanal. Uma pequena vela acesa derretia um caminho liso e preciso no cubo, sem atravessá-lo, sempre do tamanho exato necessário para deslizar o pequeno boneco. Esse caminho era então fechado, deixando apenas uma pequena e frágil costura.


Certo dia, aquela que tão carinhosamente os colocara ali passava em sua visita matinal quando percebeu uma pequena poça logo abaixo do cubo que mais amava. Ele havia fugido. A frágil costura havia sido quebrada e com ela, um pedaço de um coração.


Depois de chorar dias e dias, achou a suposta solução. Substituiria todos aqueles bonecos por réplicas fiéis feitas também de gelo. "Desse jeito" disse ela "não tenho mais desgosto". Feito isso, prendeu todos os pobres bonequinhos numa caixa trancada.


O tempo passou e as visitas matinais continuavam a descobrir poças, mas agora de lágrimas. Sentia falta daqueles momentos raros de alegria. Ver as mãozinhas acenando de dentro das pequenas caixas geladas. Precisava daquilo de volta.


Foi assim que descobriu que seus únicos amigos eram aqueles na caixa e que eles mereciam mais do que um cubo de gelo como morada. Com a mesma vela que cuidadosamente as construía... destruiu uma a uma. Abriu a caixa e simplesmente deixou-os ir.


Todos ficaram.


Ahhh... Existe ainda hoje uma pequena cadeira vazia em cada reunião.

Volta?


Esse texto é dedicado a minha amiga Ana Carolina Assumpção que "ajudou" na sua idealização.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Saudade desse cafofo...
Estou de volta em BH, cheio de nada pra fazer e morrendo de saudade de Porto Seguro. Tenho muita história pra contar, mas a maioria nunca vai ter graça por aqui...

Galera de Porto, intérpretes e todos os americanos... vlw demais!

RÊ RÊÊÊÊÊ RÊ!

quinta-feira, 28 de junho de 2007

At the cross

Estar aos pés da Cruz, para um Cristão, não é uma opção ou um passatempo.
Estar aos pés da Cruz é ser servo da causa de Cristo onde e quando for.

domingo, 24 de junho de 2007

João "Sonho e Dor"

Ele não queria acordar. Sabia que o mundo lá fora estava correndo mas tinha esquecido seus tênis no dia anterior.

Era sábado.

Ligou o chuveiro ainda um pouco zonzo e, na sua cabeça, não havia nada que o pudesse tirar dali nos próximos 45 minutos. A água não muito quente nem muito fria lhe ativava a circulação e trazia seus sentidos à vida pouco a pouco, mas foi o susto que levou com as batidas na porta que completou o serviço.

- Sai já daí, menino! Vai ficar atrasado!

Dona Janice não gostava da idéia de um filho preguiçoso e isto não era segredo pra ninguém:

- João trabalha na feira porque quer! Filho meu não nasceu pra ficar na cama. Se estudar fosse suficiente, o mundo não estaria cheio de vagabundos como está. Meu João não! Vagabundo ele não vira.

João tinha seus doze anos e pouco sabia sobre a vida. Gostava mesmo era de brincar e comer - mas, cá entre nós, quem é que não gosta? Trabalhando na feira, cobiçava os bolinhos de sonho vendidos na banca de frente à sua e no dia do pagamento, esperava ansiosamente a hora de abocanhar um deles.

Sonho para João não era só o bolinho que comia com a boca melhor do mundo. Sonho era conhecer a cidade, ouvir o barulho das avenidas e andar de metrô. Vida que só conhecia na televisão.

De vez em quando vinham alguns homens de terno, passavam pela sua banca, compravam lembrancinhas e iam embora. O olhar de João por muitas vezes se perdeu nas riscas de giz daqueles ternos. Era assim até que chegasse o próximo cliente e o tirasse do transe.

Independente do sonho, João não saía com eles da feira às 18h. Seu mundo ficava ali. No lugar onde a preguiça não existe, mas o sonho precisa custar vinte e cinco centavos para se realizar.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

=)

Aqui é onde moram meus amigos.
Esse daí da frente é o capitão Berruga e o seu barco!
Ali atrás estão as pessoas que fazem minha vida bem mais feliz:
Pipa, Bisos, Burros em geral!
Vocês moram no meu... mural! hahaha

Férias!?

Ahhh... O tão sonhado tempo! Férias!
A gente espera, espera, espera e, normalmente, ele não falha em chegar.
Esse ano porém estou num buraco negro entre a condição de férias e a condição de estagiário.
Trabalhe bem! Trabalhe rápido! Acabe com isso logo...

E Porto Seguro que me aguarde... pra trabalhar mais um pouquinho!

sexta-feira, 15 de junho de 2007

"God"diving


Totalmente Teu
(Fernandinho)

Quero ser como um vaso em tuas mãos
Quero ser como um jardim regado por Ti
Eu quero ser dependente
Dependente do Teu favor

Quero ser como criança
Quero ser como uma corsa, anseio por Ti
Eu quero ser dependente
Dependente do Teu favor

Totalmente Teu Jesus
Totalmente Teu Jesus


Por que hoje foi dia de me lançar na presença de Deus e receber do seu imenso amor e graça. E porque se esse blog só quiser falar sobre teatro ou inutilidades que diferença ele vai fazer na minha vida?


quarta-feira, 13 de junho de 2007

Procura

Ela estava igual, porém, como sempre, diferente. Havia algo em seu olhar e seu timbre de voz denunciava alguma coisa nova, seja ela qual fosse.

Não importava, ela parecia feliz.

Os olhos dele procuravam por um mistério. Algo que nunca souberam explicar ou reproduzir. Sem saber, encontraram...

Por pouco não passa batido.

Eles nunca se perdoariam se por algum, ou nenhum, motivo tivessem perdido aquela fração de segundo representada por um "oi".

E continuaram andando...

terça-feira, 5 de junho de 2007



"O palco é uma eternidade que dura de uma coxia à outra"

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Sobre meninos e... "motoboys"?

De uns tempos pra cá tenho feito um retrospecto de alguns fatos da minha vida.

Me lembrei da época em que não sabia dizer "Eu te amo" ou usar a palavra "lindo". Me lembrei do tempo em que tinha um gosto musical extremamente duvidoso e, na mesma hora, me consolei lembrando de pessoas ao meu redor que já foram piores do que eu nesse mesmo quesito - pouparei os seus nomes. Lembrei também da época da timidez que me trincava os ossos e não me deixava tocar o interfone do escritório da minha tia Ana para lhe entregar o convite da minha formatura de oitava série. Bendito seja o motoboy que chegou e sem problema algum se identificou na portaria - a mim só restou fingir que havia chegado na mesma hora.

São momentos da vida que ficarão marcados pra sempre. Da maioria deles a gente aprende a rir e tirar uma boa lição, dos outros a gente só ri mesmo.

Penso que quando estiver mais velho, tiver meus filhos e começar a perceber neles pedaços desse meu eu que passou voltarei a dar risadas enquanto escolho se deixo que ele aprenda sozinho ou se faço o papel da voz da experiência que nunca é ouvida e, por fim, deixa que ele aprenda sozinho. Na vida a gente precisa se deparar com alguns "motoboys" para depois ter o que contar e ensinar.

Sei que ainda muitas pessoas diferentes cruzarão meu caminho e influenciarão o meu jeito de ser e pensar, só espero que algum de mim viva pra contar a história.

domingo, 3 de junho de 2007

Versos de um aprendiz

Aprendi que pessoas são difíceis de lidar
Que falamos o que queremos
Ouvimos muitas vezes o que não queremos
E por vezes o que não merecemos

Aprendi que por mais que isso aconteça
Não deve exitir nada
e eu digo nada
que vai me desanimar

Aprendi que posso fazer bem feito
Mas que sempre
e eu digo sempre
vai haver alguém para achar defeito

Aprendi que isso não é ruim
Me faz crescer
Saber
Ser

Cada vez melhor

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Os três patéticos deixam quatro p...

Na noite desta quinta-feira um encontro entre Mendonça, Michael Richards e MummRa fez tremer a terra quando Chaplin, Laurel e Hardy se reviraram em seus túmulos.


"Os três patéticos", peça do grupo Trama de teatro, foi a mistura perfeita entre o ridículo e a tentativa de ser bom. Um balé mal montado de sincronias repetitivas e cansativas com um toque de vocabulário esdrúxulo para animar os populares.


A história que se passa em uma "Central de distribuição de recursos naturais e dejetos humanos e desumanos do mundo para o mundo" tem a intenção - ou pelo menos é o que aparenta - de fazer uma dura crítica aos acontecimentos mundiais. Infelizmente, essa intenção teve um patético fim. A peça é praticamente ininteligível e não leva a nenhuma conclusão no final.

Os atores não aparentam grande qualidade e pecaram pelo excesso de "patetice". Sr. Klaus, o diretor da Central, mais parece um personagem de desenho japonês, ou se você preferir, MummRa, arquiinimigo dos thundercats. Sua maquiagem exagerada contrasta enormemente com a cara quase limpa dos outros atores e seu cabelo dispensa os comentários.

O cenário que alguns me prometiam ser "cinematográfico" deixou também a desejar. Com elementos repetitivamente mal utilizados e luzes que muitas vezes lembravam "Saturday Night Fever" nos esgotos a situação ficava cada vez pior.

A apresentação não valeu nem um terço dos dez reais pagos. Se o que o grupo pretendia era ser o extremo-ridículo, isso fizeram com excelência, porém sem me arrancar uma risada.

Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!

Ps. Esse post é dedicado aos outros corajosos que se juntaram a mim nesse momento de aflição. A gente supera!

terça-feira, 22 de maio de 2007

...Acaba

O tempo é uma onda sonora.

Caminha silenciosamente pelos momentos bons e estronda em passos na hora de se chorar.

O vácuo de pessoas exclui o tempo - já não há razão de existir algo que não se possa gastar ou compartilhar com quem ama.

O tempo pára por um flash nos olhos por trás da lente. Click. Pause.

Sem querer o tempo me fala sobre vocês e, de repente...

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Confesso...

Este vídeo me faz chorar praticamente todas as vezes que eu o vejo. Assisti esse episódio umas cinco vezes quando ainda passava "Touched by an Angel" na Warner e todas as vezes eu me segurava, ai descobri ele no perfil do Orkut de uma amiga e não me aguentei. A história desse episódio é muito triste.


sábado, 12 de maio de 2007

Fui...

Vi...
Adorei...
Sem maiores definições porque nada que eu falar vai conseguir descrever.

Pequenos Milagres - Grupo Galpão
Última semana em cartaz.
Sessão extra dia 19, 17h.
Vale a pena!
Compre antecipado!

quinta-feira, 10 de maio de 2007

O teatro da raça

Shakesperiano, do absurdo, realista, moderno, pós-moderno. Teatro pode ter muitas definições. Uma a mais ou a menos não deve fazer mal.

Quero inventar a definição do "teatro da raça". Não de negros ou brancos, mas de sangue, de paixão incondicional, de dedicação sobre-humana. Quero, ao inventar essa definição, louvar os que praticam essa arte. Pessoas que não se importam com o seu próprio sonho. Não é questão do que ela quer fazer, mas do que o seu público espera - ou precisa - que ela faça. O "sonho" é dele. A realidade também.

"Fazer o melhor com o que temos nas mãos."
Este é o lema do teatro da raça.
Confesso que eu nunca consegui me adaptar a ele.
Palmas pra quem o faz.

Respeito, e muito, aqueles que doam seu dom a outros e, ainda assim, não ficam sem ele. Aqueles que reconhecem a importância da técnica, mas que não vivem por ela. Aqueles que são incansáveis. Respeito os "raçudos".

Espero que um dia nossos mundos teatrais se encontrem e a raça de vocês se unam ao meu idealismo inventando outra definição: "O teatro dos meus sonhos".

Até lá! E que lá seja logo...

sábado, 5 de maio de 2007

O Espírito da Colherinha

Existem coisas em nossa vida que, pelo excesso de repetições, tornam-se automáticas. A essas coisas damos o nome de hábitos. Hábitos podem variar das coisas mais improváveis a quantas colherinhas de açúcar você mistura no seu suco.

Hábitos são nossos, não de nascença, e não raro nos acompanham até a sepultura. Se alguém me perguntasse o porque dos hábitos serem chamados de hábitos, eu diria que é porque eles acabam por habitar em nosso espírito (num sentido talvez laico demais da palavra) e, assim, como tijolos, constroem o nosso "eu-automatizado".

Voltemos ao exemplo das colherinhas de açúcar, que aliás foi o que começou a discussão toda entre meus neurônios. Entrei em minha cozinha hoje, 00h "e poucos", e fui apressado preparar o meu lanche, como habitualmente faço. Poucas coisas mudam nesse processo. O ato de cortar um queijo, passar manteiga no pão, abrir a geladeira e olhar sem achar nada - para depois lembrar que na verdade você não procurou, simplesmente abriu, tudo isso são processos automatizados e até a sequência deles costuma ser igual. Mas as colherinhas, percebi enquanto adicionava o açúcar à minha limonada, tem um poder maior. Interferem em outra parte do nosso "eu", a parte espontânea e emocional.

Não acredita? Pois bem...

O problema começa, especialmente para as mulheres, no produto contido na bendita colherinha. "Açúcar ou adoçante?". Começaram a entender onde eu quero chegar né? Além do produto a ser ingerido, o tamanho da colher também mexe conosco. Quando vou a algum lugar que disponha de colheres de café para servir o açúcar já começo a ficar perdido. Em minha casa utilizo as de sobremesa. Mas você também já deve ter reparado que as colheres de sobremesa de uns tempos pra cá começaram a mudar de tamanho, talvez fruto da preocupação "coma devagar e comerá menos" ou "aproveite o gosto e não terá que comer mais". Eu particularmente considero as colheres de chá derivadas da colher de sobremesa, mas isso é outra discussão. Fato é que, variando o tamanho da colher, já não temos mais a menor noção do tanto de açúcar que estamos colocando em nossos sucos e afins, gerando comentários como "Você sempre come esse tanto de açúcar?" ou "Como que você aguenta tomar limonada com esse poquinho de açúcar?" e esse último por muitas vezes nos leva a uma situação de constrangimento na qual tomamos uma limonada amarga e sem doce simplesmente para não ter que dar o braço a torcer.

Nenhum desses questionamentos, pensamentos ou respostas citadas acima são de cunho automatizado, digamos assim. Todas elas mexem de alguma forma com o nosso "eu-gordinho" ou "magrinho" e impressionantemente são geradas pela única pergunta: Quantas colheres de açúcar?

Talvez seja por isso que os adoçantes em pó já venham com colheres dosadoras próprias e a preferência nacional gire em torno dos apresentados em gotas, mas num é que o tal do "Espírito da colherinha" tem poder mesmo?

PS. Viu só? O poder das colherinhas se manifesta até no tamanho de texto que a discussão sobre ele gera.

segunda-feira, 30 de abril de 2007

Isso me dá... Tique tique nervoso

Algumas coisas que eu odeio me perseguem.
É interessante como a gente tem a percepção tão mais aguçada para as coisas ruins da vida do que para as tantas coisas que realmente importam. Adoramos implicar, reclamar e resmungar sobre a nossa vida.
Estou sem paciência
Estou cansado
Não aguento mais essa pessoa X
Porque esse cara não para de chutar minha cadeira no cinema?
Os frangos desse sanduíche estão muito grandes
Porque aqui não tem coca zero?
Essas são apenas algumas das coisas que me perseguiram no dia de hoje e atormentaram minha cabeça. Por essas e outras, paro por aqui.
PS. Odeio quando o blogger não deixa dar espaço entre as linhas!

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Ciranda, cirandinha, vamos todos...

Um pouco de propaganda não faz mal a ninguém...

Só pra falar do Ciranda... um lugar onde uma menina muito mais inteligente e letrada do que eu com meus "manás" posta suas poesias.

segunda-feira, 23 de abril de 2007

Maná

Ontem tentei fazer poesia
Cheguei inspirado
Parei na segunda estrofe

Descobri que poesia
Tem data de validade
Ou é agora
Ou já não dá

Completo amanhã
Penso depois
Faço melhor
Mais tarde...

Poesia é como maná
e sonhos
no outro dia,
estraga.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Taí uma verdade!

Todas as cartas de amor são ridículas
(Álvaro de Campos)

Todas as cartas de amor são
ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

quarta-feira, 11 de abril de 2007

=[

Decepção total!
Hoje a peça "Vincent" estava sendo exibida gratuitamente no PIC e eu não fui...
=/
Paciência, ne?

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Uma vez criança...

Quem foi criança de verdade nunca deixará de ser!
Já recebi mil motivos pra dizer que não tive infância, mas hoje descobri que ainda tenho muito da minha meninice.

Com a viagem de Sr. Ricardo Moraleida para "Zoropa", admito que aproveitei para tomar posse de seu quarto e, porque não, fazer uma viagem pelo seu lindo Macintosh. Pois não é que achei um tanto de historinhas para criança em áudio? Parte da coleção Disquinho que tanto ouvimos quando criança.

Comecei pela "A festa no céu", passei por uma que não conhecia, "Os 4 heróis", fui para "O macaco e a velha" que, aliás, rendeu-me as melhores risadas e, continuo nela até agora.

Sei que tenho um sorrisinho constante enquanto ouço essas historinhas bobas... Me divirto como se fosse pirralhinho de novo!

Uma vez criança, pra sempre criança!

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Pequenos Milagres

Atenção! Atenção!
Promessa é dívida...
Dividirei então com vocês!

Estreou ontem, dia 1º de abril, o novíssimo e muito esperado espetáculo do Grupo Galpão: Pequenos Milagres. Em comemoração aos seus 25 anos, o grupo resolveu variar o estilo e fazer uma singela homenagem a seus inúmeros fãs. Depois de lançar a campanha "Conte sua história" e receber aproximadamente 550 cartas, o grupo começou o trabalho de reduzí-las a apenas 12 que seriam estudadas pelos atores e, mais adiante, selecionadas as 4 melhores para integrar a montagem. O resultado é um espetáculo onde a arte imita a vida e se conecta de uma maneira singular com o público. Mal posso esperar.

O espetáculo acontece de quinta a sábado às 20h e domingo às 19h, no Galpão Cine Horto, e fica em cartaz até o dia 20 de maio. Outras atrações previstas para este ano são os lançamentos de um CD com músicas das produções "Um homem é um homem" e "O inspetor geral" e de um livro com outras histórias não selecionadas de "Pequenos Milagres". Também será lançado um DVD com a apresentação de Romeu e Julieta no Globe Theater em Londres.

Galpão Cine Horto:
Rua Pitangui, 3.613, Horto.
Ingressos:
R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia)
Informações:
(31) 3481-5580

Plano B

Bem que eu queria saber o que escrever agora, mas não sei.

Não sei porque não sei. Não pensei. Tirei feriado da minha mente "esforçada" - coopere com o autor e acredite - a uns 3 posts atrás.

Não quero saber de rimas - a não ser, é claro, que acompanhadas de fenômenos sonoros naturais.
Não quero saber de prosas - a não ser, é claro, que com você.
Não quero planejar minhas palavras - Agora, é claro, é tarde.

Plano B é o texto que nunca deveria ter sido publicado.

terça-feira, 27 de março de 2007

Happy Biso-day!

Este post é para o Biso... da espécie menor.
Porque HOJE é aniversário do Biso.
E porque o Biso faz post pra todo mundo e agora é a oportunidade perfeita pra retribuir.
Porque o Biso tem a mesma cara da foto até hoje.
Porque o Biso ri engraçado, logo, a gente ri também.
Porque o Biso tocou parabéns pra mim na flauta e eu não sei tocar nada, logo, tem que ser post no blog mesmo.
Porque eu vou apertar o botão PUBLICAR exatamente a meia-noite e, assim, serei o primeiro a dar parabéns pro Biso.
Porque você já deve ter percebido como é legal dizer: O Biso.
É pra combinar com a dona do apelido.
Enfim, Biso é Biso e não tem preço.
Agora vou ficar aqui esperando dar 00h.
"Parabéns para o Biso,
Parabéns para o Biso,
Parabéns para o Biso,
Parabéééééns paaaaaara o Biso!!!!"
Ps. A data tá do dia 27 porque o servidor roubou!!! Eu apertei a meia-noite!

domingo, 25 de março de 2007

Mudando de assunto

A gente muda constantemente. Muda de gosto, muda de roupa, muda de estilo... Muda de vez. Mudamos porque sentimos vontade, necessidade, desejo.

Qual o problema em mudar?

Todos os grandes acontecimentos da vida carregam consigo mudanças. Nascemos e mudamos a densidade populacional; Crescemos e mudamos o nosso corpo, nossa mente, nosso coração, nossas atitudes; Namoramos e mudamos de 1 pra 2... Casamos e mudamos de 2 pra 1; Envelhecemos e mudamos de laranja pra maracujá; Morremos e mudamos dessa pra uma melhor (ou não...).

Descobri que adoro mudar. Amadurece. Quebra paradigmas e preconceitos. E, por incrível que pareça, traz de volta as origens.

Mude o quanto quiser, mas, por favor, não deixe de ser quem você é. Sim... Pra sempre...

sexta-feira, 23 de março de 2007

Conversas de cozinha

"Depois de um tempo a gente aprende a imaginar a cena."

Algumas coisas que acontecem ao nosso redor são ocultas aos nossos olhos. Talvez isso seja uma dádiva, talvez não. Fato é que, quando a coisa começa a se repetir excessivamente, começamos a aprender a imaginar como ela se dá.

Talvez essa coisa não nos afete diretamente, mas saber que aconteceu dói um pouco. Dói porque prejudicou alguém a quem você ama, dói porque é completamente absurdo ou simplesmente porque é triste.

Sabe de uma coisa? Existe um invisível que me incomoda nesses dias. E dói!

Isso tudo pensei depois de uma pequena conversa de cozinha... Não se importe demais.

quarta-feira, 14 de março de 2007

...

All that's in my head

terça-feira, 13 de março de 2007

Muito além da semiótica

Quase?
Talvez?
Será?
Acho que...?

Existe algo que persiste apesar da dúvida?
Fiat lux.

Vida longa ao que vai além da semiótica!
...Com certeza.












segunda-feira, 12 de março de 2007

Léguas abaixo da compreensão

Uma bela noite. Infelizmente, apenas bela.

Nesse domingo tive minha primeira experiência real com o teatro de bonecos do Giramundo. Estava ansioso por um espetáculo de qualidade como ouve-se falar sempre das produções do grupo, mas infelizmente, talvez por um preceito bíblico, saí decepcionado.

"O meu povo perece por falta de conhecimento", ou algo assim, diz a Escritura.

"20 mil léguas submarinas" é um texto famoso por sua fantástica história a bordo do Nautilus; Capitão Nemo é tido pelo próprio grupo Giramundo em sua sinopse como um personagem "enigmático"; E Júlio Verne, com certeza, era um autor que gostava de criar histórias a frente do seu tempo. Todos esses fatores podem ter levado a uma falta de compreensão do espetáculo que, aparentemente, vitimou todos os espectadores não-familiarizados com a obra de Verne.

A fusão de imagens de animação com o teatro de bonecos foi absolumante maravilhosa e o manuseio dos bonecos digno dos aplausos no final, mas isso foi tudo. Infelizmente ter pagado uma entrada inteira - por uma exigência a meu ver um pouco desnecessária - para ver o espetáculo, não valeu a pena. Espero ter melhor sorte na próxima vez.

Ps. Tão bom quanto a peça está este texto sobre ela. Que seus olhos me perdoem.

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Voltando as origens

Estive remoendo um post em minha cabeça durante os últimos dois dias, mas parece que agora a graça e a mágica do post tão idealizado sumiram.

Engraçado como nossos pensamentos funcionam constantemente pregando peças em nós. Pensamos coisas extraordinárias que soam rídiculas se transformadas em conversações; fazemos planos mirabolantes para o que dizer e nunca - nunca mesmo - falamos aquilo. Então pra que planejar?

Quando comecei esse blog disse logo de cara que me fascinava a maneira como os blogs eram interligados por informações semelhantes. Uma pessoa posta sobre um acontecimento que interessa a outra, essa por sua vez posta uma "resposta" em seu blog e deixa um link para a postagem original. Um comentário é deixado nesse post e entra com a idéia para um novo post, dessa vez no blog do sujeito que comentou. Para melhorar sua opinião esse sujeito, com certeza, já fez a sua visita ao blog do primeiro fulaninho que havia postado e, por pura curiosidade, passeou pelos seus links descobrindo um novo blog com informações interessantes e dando inicio a um novo ciclo.

Parece que em algum lugar no tempo eu perdi a espontaneidade desse bate-bola. Fazer um post simplesmente deixando as palavras seguirem meus pensamentos. Claro que não desmereço as pessoas que postam contos, poesias, e outros textos que realmente necessitam de um planejamento maior, aliás, admiro essa iniciativa. Eu, porém, de poeta e pensador não tenho muita coisa. Prefiro a boa e velha prosa sem muita frescura.

Esse post foi uma prova absoluta de que me dou bem melhor com a criação imediata. Posso não ser um bom escritor, mas se você continua passando por aqui estou satisfeito.

Tolere-me, por favor!

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

Flashes de uma noite feliz... #3

Diamond Mall, 18h, 21/02/07.

Definição do programa: Hilariante.

- Vamos ao cinema com o prefeito! - Ele diz baixinho.
- Cadê o prefeito? - Ela grita enquanto ele passa a pouco mais de um metro dela.

"We are fameeeeely!"
"Fameeeely!"

"Jimmy's got soul! You can't kill a man with soul!"

- Trilha sonora fantástica!

O próximo diálogo merece algo mais que um simples flash, preste bastante atenção:
- Pipa, prepare-se para não dar esparro. Olhe para sua esquerda.
- Quem é? (silêncio) AHHHHH! - Ela grita.
(...)

O engraçadinho do Bola:
- Ô Ana Paula (Valadão)... Ana Paula... Eles estão com vergonha de você.
(risos e conversas)

O castigo vem a cavalo:
Bola entretido em sua conversa com Ana Paula acaba por dar um baita soco em sua bandeja, graças a Deus já vazia, e derrubando todos os papéis e copo no chão.

- Ô Ana Paula... Ele tá com vergonha de você! (Eu podia perder essa??? kkkkk)
- Não precisa ficar nervoso, eu sou uma pessoa como qualquer outra! (...) Da próxima vez vem mais calminho, tá? (ELA podia perder essa??? kkkkk)

Enfim, mais uma noite muito feliz e instrutiva. Que venham as aulas!

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Migraine Boy

http://www.youtube.com/watch?v=b1NSiJQkXf4

Identificação total!

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Galpão 2 em 1

Finalmente o coração desse blog começa a bater novamente. O sangue começa a correr quente pelas veias e anuncia que ele está de volta. Sim, ele. O Grupo Galpão!

Já fazia dois anos desde a primeira e única vez que os havia assistido. Sempre que ouvia falar de apresentações deles uma esperança rondava meu coração de poder assistir ao trabalho deles novamente. Esse é o efeito que quem conhece o Galpão pela primeira vez sente. E pela segunda, terceira, quarta...

Finalmente, ontem, tive a oportunidade de assistir "Um homem é um homem" e, para melhorar a situação, matei outra vontade que tinha: assistir à representação de um texto de Bretch. Apesar de ser uma adaptação o espetáculo foi suficiente para me tirar a curiosidade sobre o estilo crítico do autor para com os altos escalões.

Utilizando o bom humor, a música, a cenografia simples e marcante e atuações primorosas, marcas registradas do Galpão, o grupo conseguiu mais uma vez me fazer fixar os olhos e a atenção no palco durante todo o tempo.

Infelizmente, para quem não pôde assistir à saga de Gali Gay nessa campanha, ficará a espera de uma nova apresentação. Boas notícias, no entanto. Em comemoração ao 25º ano de atuação, o grupo galpão está promovendo uma série de apresentações e cursos, incluindo a estréia de um espetáculo inédito. Fiquem de olho!

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Shakespeare is in town! #2

Sim, ele está de volta! Dessa vez com Ricardo III. Uma das primeiras tramas de Shakespeare sobre a luta cruel pelo Poder.

A peça é adaptada e dirigida por ninguém menos que Jô Soares e leva no elenco nomes como: Denise Fraga e Glória Menezes.

Os estudantes podem se alegrar pois, apesar dos grandes nomes, os ingressos de meia entrada estão com preços bem razoáveis: R$25,00 (balcão superior) e R$30,00 (platéia I e II).

A peça estará em cartaz no Grande Teatro do Palácio das Artes apenas nos dias 3 e 4 de Março. Sábado às 21h e Domingo às 19h.

Para maiores informações: (31) 3237-7399 ou no site do PA

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Continuando a campanha! (LUTO)

A pedidos estava no ar também o segundo blog mais esperado de 2007:

http://cadeaangel.blogspot.com

Sinto informar no entanto que foi cometida uma atrocidade contra o código de conduta dos burros. O blog foi deletado!

Considero essa ofensa tão grave quanto matar um elefante na Índia.

Pensem sobre isso!

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Breno cadê você?

No ar o blog mais esperado de 2007

http://brenocadevc.blogspot.com

Confiram!

domingo, 4 de fevereiro de 2007

Flashes de uma noite feliz... #2

"Vou tomar uma com a Rá!"

Fico impressionado como as minhas "noites felizes" começam sempre com esse assunto!

"Nunca broxem simultaneamente"

Calma... tudo tem uma explicação! Mas, assim como no restante desse post, ela não será dada. Só saibam que não tem nada a ver com 37.

"... seu provolone?"
"Juro que eu não lembrava que ele tinha essa forma"

Risos.

"Antes eu não era. Ai eu quase fui, né? E agora eu sou! Caramba!"

"É farofa!"

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2007

Silêncio covarde

Na padaria:

- Bom dia!
- Bom dia! - disse meu ex-professor de Português. Poderia fatiar quinhentOs gramas de mussarela, por favor?
- QuinhentAs gramas? - ela pergunta.
- Não. QuinhentOs gramas, por favor!
- Ahh, sim! QuinhentAs gramas.
- Não, quinhentOs gramas. Pokemón!
(...)
Deus sabe onde essa discussão foi parar.


***

Quando cheguei hoje na padaria, segui em direção ao balcão e fui recebido, depois de alguma demora, por uma moça até muito simpática.

- Bom dia!
- Bom dia! - eu disse. Poderia fatiar quinhentOs gramas de presunto de peru, por favor?
- QuinhentAs gramas? - ela pergunta.
O.O
(silêncio covarde)

segunda-feira, 29 de janeiro de 2007

Babel: diamante sem hollywood




Não há escapatória. Os assuntos que estão em alta nos jornais de todo o mundo, mais cedo ou mais tarde, se tornarão filmes de Hollywood. Nesses últimos tempos todos os olhos do mundo têm se voltado para aqueles que chamamos de "subdesenvolvidos" ou "terceiro mundo" e, de uns tempos pra cá, filmes e mais filmes chegam à telona abordando assuntos "humanitários" - por assim dizer.

Já houveram exemplos felizes. Outros nem tanto. A verdade é que fazer esse tipo de filme não é pra qualquer diretor e, certamente, não é para qualquer ator.

Recemente dois filmes tem andado juntos nos cinemas brasileiros com temas - forçadamente - parecidos. "Babel" e "Diamante de Sangue" são filmes que se passam no terceiro mundo e mostram, ou querem mostrar, fatalidades na vida de seus habitantes e o resultado disso para o resto do planeta.

Tive a oportunidade de assistir aos dois filmes e, infelizmente, constatar a imensa diferença de qualidade entre os dois apesar dos protagonistas famosos. Brad Pitt encabeça o elenco de "Babel" e DiCaprio o de "Diamante de Sangue".

Alejandro González Iñarritu, diretor de babel, foi mais feliz que Edward Zwick em suas escolhas. Escolheu por fazer um filme que demonstrasse a realidade nua e crua e não disfarçada em fogo cruzado a cada 30 segundos. Escolheu mostrar que quando alguém está a beira da morte essa pessoa tem necessidades maiores do que as barreiras burocráticas que o governo impõe e, principalmente, maiores que a de ligar para uma garota, que há um tempo atrás só queria levar para a cama, e fazer um discurso bonito.

"Babel" conseguiu me abrir os olhos para a necessidade de enxergar os países mais pobres. "Diamante de sangue" conseguiu me fazer pensar: Que filme longo e chato.

Conclusão: Meça o seu interesse em realmente pensar durante uma seção de cinema. "Babel" eu recomendo a todos. "Diamante de sangue" só àqueles que querem mais um rostinho bonito com um sotaque até legalzinho.

Bumerangues infinitos






Sabe aquela sensação de incompletude? Aquele encontro que a gente marcou - e nunca saiu? Aquela paisagem a perder de vista se perdeu. O nosso infinito está pra se acabar.

Bumerangues rebatem no horizonte, mas não voltam do infinito.
Momentos perdidos...
se foram.

Momentos vividos...
vivem pra sempre.

Momentos infinitos...
são bumerangues perdidos que esqueceram de cair.

Não perca de vista os bumerangues infinitos.

sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Sorria!

Esse post é dedicado a todos aqueles que por algum motivo se sentem incompatíveis com a idade que têm e também àqueles que ainda nao deram um belo sorriso hoje enquanto se lembravam de sua infância!

quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

O livreiro de Cabul


Terminei!

Sabe aquele livro que deixa saudade quando você o termina? "O livreiro de Cabul" é um desses. Fico aqui desejando que as páginas em branco no final do livro se preencham com algo so pra eu poder dar mais uma lidinha.

É realmente fantástico!
O livro é uma exposição pouco parcial sobre uma rica família afegã. Foge dos padrões do que pensaríamos ser passível de demonstrar a pobre realidade do país, mas a visão "de cima" dessa família nos mostra a pobreza e humildade contrastando com a "riqueza" arrogante de uma sociedade que ainda sofre com as lembranças do governo Talibã e o remanescente de rígidas regras trazidas pelo mesmo.






Vale a pena. Recomendo!

domingo, 21 de janeiro de 2007

Figurinhas de ano novo

É! O clima de início de ano ainda não acabou. Os assuntos de mudanças e revoluções continuam surgindo incessantemente.

O engraçado dessa hitória toda, que parece durar mais do que o normal, é que dá-se a impressão de que quanto mais se fala em mudar, mais as pessoas realmente mudam. E talvez seja verdade!

Dizem que motivação é tudo, mas eu digo que tudo pode ser motivação. Uma coisa puxa a outra.

Tudo pode começar com um simples diálogo que levará a uma reflexão, que frutificará numa decisão, que se tornará uma atitude, que fará parte de um momento e este, por fim, entrará como parte integrante daquele grande álbum de figurinhas que chamamos de vida.

Enfim, 2007 está apenas começando e ainda tenho muitas figurinhas para colecionar, só espero que eu continue pegando as premiadas.

segunda-feira, 15 de janeiro de 2007

01/01/07

Dia 1° de janeiro foi hoje. Pelo menos pra mim.

Tirei o dia de hoje pra mudar o que precisava ser mudado em mim mesmo. Minhas resoluções de ano novo começaram a ser colocadas em prática.

É engraçado como apenas dizer "amanhã vai ser diferente!" pode te ajudar a ter uma força de vontade inexplicável. Há um tempo atrás postei um pedido por sugestões de livros; começou aí a minha revolução intelectual de 2007 - Ler mais. Bem mais. Comecei alguns dias depois a ler uma das sugestões da Pipa: "O livreiro de Cabul". Havia lido uma entrevista com a autora na Veja e fiquei extremamente interessado, mas como não era muito (ou nada) de ler, acabei deixando a preguiça vencer e nem sequer procurei o livro. Além do mais, quem poderia ler um livro sobre uma família afegã e ficar interessado? CABEÇA OCA! O livro é muito bom! Estou chegando na metade e todo tempinho que tenho estou tirando para ler mais um pouquinho. Com os capítulos divididos em histórias fica mais fácil entender a linha de pensamento e até mesmo fixar as informações que a autora passa. Enfim, assunto pra outro post. Quanto às sugestões, continuo aceitando.

Hoje, além de exercitar meu cabeção, outrora um pouco mais oco que agora, resolvi cuidar mais do meu corpo também. Comecei minha reeducação alimentar e fui à uma seção de escracho na academia. Tudo bem... Não consegui seguir a reeducação perfeitamente por falta de alimentos adequados e não completei praticamente nenhum exercício da minha ficha na academia, mas eu sou brasileiro e o resto você já sabe.

Então, juntando meus esforços intelectuais com os físicos e os espirituais, que também tenho trabalhado, construo o meu projeto de "eu 2007". So help me God!

sexta-feira, 12 de janeiro de 2007

El retorno de los burros...

Pencudo?!
Mateotecnia?!
Quimgombo?!

haha... Academia rules... ri demais hj!

Mais uma vez os Burroooooos garantiram uma noite de diversão (e sem fugas)...

Aguardando próximo encontro.

Mas que burrrooo! Dá zero pra ele! ahahahaha

quarta-feira, 10 de janeiro de 2007

Deixe sua sugestão aqui



Está aberta a temporada para indicação de bons livros.

Estou precisando começar a ler mais.

Alguém me ajuda?

sexta-feira, 5 de janeiro de 2007

s1


"Boys should never be sent to bed for when they wake up they are a day older"
sabedoria...

s2

"Caixas e corações têm, ao menos, uma coisa em comum. Vazios não servem pra muita coisa."
sentimento...

terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Starter

Sim!
Sim!
Sim!

2007!

2007 é um ano diferente de 2006 e assim pretendo tratá-lo.
Aliás, pra começar bem estou dando uma de hospedeiro ou, como alguns preferem, anfitrião! Tenho a missão de revelar uma vasta Belo Horizonte a um grande (literalmente) garoto de fortaleza. Meus amigos estão mais que convidados a ajudar! Mostrar o melhor de BH no quesito pessoas... afinal vocês são a nata! hehe...

Enfim, enfim, enfim, (entenda quem puder...) feliz 2007 pra todos e que seja um ano cheio das bençãos de Deus!

RECEBE!!!