sábado, 15 de março de 2008

Espera aí... já to chegando!

Quando foi a última vez que você viu alguém se "atrasar um pouquinho"?

Hoje eu decidi em minha mente, meu universo paralelo, que esse conceito não existe. Ou você atrasa, ou você não atrasa. Não existe medida em atraso. Os atrasos são adimensionais.

Todas as vezes que arrisquei ligar para minha namorada e dizer "Amor, vou atrasar um pouquinho, tá!?" - ou como ela diria que eu falo: "OW, vou atrasar um pouquinho, tá!?" - eu atrasei em média 30 minutos. E pra mim, "atraso" de 5 minutos não é atraso. Olho no meu relógio e no seu e a diferença pode ser exatamente essa. Quer atrasar, atrasa direito!

Hoje saí com 15 minutos de atraso de casa. Pensei comigo: "15 minutos é mais ou menos o tempo que leva para outro ônibus passar. VOU ATRASAR SÓ UM POUQUINHO!". Foi aí que começou o problema. O primeiro ônibus passou rápido. Tão rápido que nem parou, apesar do meu sinal. O segundo... ... ... ... ... deu pra entender né? Meia hora depois.

Façamos os cálculos:
Horário de saída de casa: 17:45
Horário de entrada no ônibus: ~18:20
Horário de início da aula: 19:00

Eu tinha aproximadamente 40 minutos para entrar no primeiro ônibus, viajar da minha rua até o início da Av. Bias Fortes, andar dali até a Av. Amazonas, pegar o segundo ônibus e viajar dali até a faculdade no Estoril. Basicamente, atravessar a cidade.

Como se não bastasse, o meu primeiro ônibus foi parado pela polícia, pois aparentemente 2 ou 3 pessoas não haviam pagado a passagem. Depois de vários minutos perdidos veio a notícia que todos esperávamos ansiosamente. ALARME FALSO. Os rapazes voltaram pra dentro do ônibus e continuaram viagem.

É claro que eu cheguei na faculdade cerca de 50 minutos atrasado totalizando 2h e 5 minutos de viagem. É mole?

Abaixo tem o mapa da minha querida viagem-de-cada-dia-nos-dá-hoje gerado no Google Maps:


Exibir mapa ampliado

Por falar nisso... Já já eu tô passando aí na sua casa... mas eu vou atrasar um poquinho tá?

terça-feira, 11 de março de 2008

O som das idéias

Adoro esse momento de incerteza que precede um post em um blog quase abandonado. Tanta coisa mudou de lá pra cá que já não sei bem sobre o que escrever. Se no último post eu estava "Mergulhando em Molière", hoje estou em terra seca de leituras. Já faz algum tempo que não assisto algo de bom no cinema e, ainda mais tempo, no teatro.

As férias acabaram e a imersão cultural - um tanto quanto fracassada - também. Hoje minha vida se resume a procura de estágios e faculdade. Que, aliás, vale dizer, está me deixando bastante nervoso. Mas enfim...

Depois de quase dois meses voltar aqui sem ter o que dizer é um pouco chato. Mas vocês já me conhecem - e se não conhecem, olhem para trás.

Eu escrevo pelo prazer de sentir meus dedos baterem nas teclas produzindo o som das idéias.