domingo, 25 de novembro de 2007

Língua no vermelho


Estive pensando:
A gente se cria pra algo... o mundo nos exige o inverso.
No final, todos pagamos língua!

Bem que eu queria ter um saldo devedor menor.

sábado, 17 de novembro de 2007

... 9

Ok, ok... Bem que eu tive a boa intenção de falar sobre todos os filmes que assisti essa semana, mas o número fugiu ao meu controle. Foram nove ao todo, de sábado a sábado. Por esse motivo, vou me limitar a dar uma avaliação breve de cada um:

1- Fale com ela **** - sutilmente provocador; bom.
2- Garota, Interrompida ***** - Atuações fantásticas; muito bom.
3- Uma lição de amor **** - Boas atuações e história que vale a pena; bom.
4- O maior amor do mundo ** - História pouco envolvente, imagens pouco atrativas e atuações medianas; ruim.
5- Um ato de coragem *** - Hollywood; normal.
6- 1408 **** - Vale ver a atuação de John Cusack, mas o roteiro peca em alguns pontos; bom.
7- Volver **** - Envolvente, surpreendente; bom.
8- O cheiro do ralo ***** - Cinco estrelas pelo inusitado bem trabalhado; muito bom.
9- Antes só do que mal casado ** - Massivo, idêntico aos outros; ruim.

Ps. São só minhas opiniões, não tenho a intenção de bancar o crítico de cinema.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

1, 2...

Essa semana estou me dando o privilégio de assistir a 5 filmes que aluguei em meio ao caos de trabalhos e provas da faculdade. Os dois primeiros foram: "Fale com ela" e "Garota, interrompida".

"Fale com ela", de Almodóvar, a princípio me causou medo, simplesmente pela concepção geral do que é Almodóvar na boca do povo. Confesso que torci sombrancelhas e mostrei caretas a esse nome por muito tempo. Mas como a Pipa mesmo me disse: "É seu primeiro Almodóvar, né? Tadinho!" e ela deve ter razão. Gostei muito do filme e acho que acima de tudo tive a oportunidade de avaliar a tal "concepção geral" descobrindo que não está errada, apenas distorcida - ou não. Mas enfim, ainda não expresso opiniões além do "gostei ou não". Dizem que a primeira vez é sempre meio inconclusiva...

De "Garota, Interrompida" sinto-me mais livre pra falar, afinal James Mangold não é um mito. O filme conta com atuações fantásticas de Winona Ryder, Angelina Jolie - vencedora do oscar de atriz coadjuvante pelo papel - e Whoopy Goldberg. Esta última, aliás, sendo a que mais me surpreendeu. Que seu trabalho é de qualidade eu nunca duvidei, mas acho que nunca a vi tão forte e ainda assim tão "suave" na cena. Uma personagem coerente e consciente do seu papel. O filme inteiro é uma beleza, recomendo.

Na sua próxima ida à locadora, considere as duas opções.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Lembrei desse poema hoje...

Essa definitivamente é a minha parte favorita do filme Patch Adams e uma das poucas que me arrancam lágrimas solitárias todas as vezes. Abaixo está o poema completo:

Sonet 17 of Pablo Neruda's 100 Love Sonets

I do not love you as if you were salt-rose, or topaz,
or the arrow of carnations the fire shoots off.
I love you as certain dark things are to be loved,
in secret, between the shadow and the soul.

I love you as the plant that never blooms,
but carries in itself the light of hidden flowers;
thanks to your love a certain solid fragrance,
risen from the earth, lives darkly in my body.

I love you without knowing how, or when, or from where.
I love you straightforwardly, without complexities or pride;
so I love you because I know no other way

than this: where I does not exist, nor you,
so close that your hand on my chest is my hand,
so close that your eyes close as I fall asleep.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Pérolas de Sabedoria

Matheus Nachtergaele em entrevista sobre a experiência de trabalhar no filme "Cidade de Deus" com atores que nunca haviam feito outro trabalho.



"Às vezes me perguntam como foi trabalhar com atores não-profissionais e eu sempre odiei essa palavra assim: Eu sou profissional. Eu não entendo isso muito e acho que isso está deturpado . Esse termo pra mim ficou misturado com correria atrás de dinheiro, independente de qualquer coisa, sabe? Eu estou muito mais ligado nas vocações das pessoas do que se elas são profissionais ou não. E eles sabiam o filme, queriam o filme e eram, então, na minha opinião, os mais profissionais que eu já tive a honra de ver. Porque estavam envolvidos, estavam vocacionados no momento do filme, dedicados, esforçados e é assim que a gente chama o cara profissional, quer dizer, o cara que quer, que dá o melhor de sí, o cara que entende o que está fazendo, que tem uma sacação, uma tirada ótima de pura inspiração por causa do envolvimento dele com o trabalho e eles estavam assim. Quer dizer, eles eram os atores mais profissionais do cinema, sendo que não eram os profissionais. Me fez pensar sobre isso também, conheço tanta gente que é considerada profissional e que vai pro set entediado... 'Mais um filme', sabe? Foi, assim, um banho de respiro, de frescor nesse sentido. Me relembrar que o profissionalismo, apesar do meu ódio à essa palavra, é a entrega, a paixão, o estar disponível a maior parte do tempo pra que o projeto dê certo e isso acho que acontecia com todos os meninos do 'Cidade de Deus' e com a equipe em geral."