segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Pousada

Hoje escrevo para você.

Aliás, todos os dias escrevo para você.

Poderia escrever sobre o muito, sobre o nada ou sobre mim. Tanto faz. Seria para você.

Sobre o muito, falaria de amor. Sobre o nada, falaria de ódio. Sobre mim falaria muitas coisas. Nem todas amor, nem todas amor... O ódio jamais. Não sei lidar com ele. Não sei onde ele vive ou do que se alimenta, mas certamente desta ração não tenho para lhe dar. Se nasce, logo morre de fome. Não lava as vasilhas que usa e isso me irrita. Todas as vezes lhe expulsei...

Prefiro a alegria. Sempre hóspede, sempre ao dispor. Sabe retribuir a quem lhe dá bastante. Pelo menos se esforça... Aqui ela tem sempre lugar. Se alimenta com fartura porque sabe pedir e sabe receber. Não anda sozinha, traz sempre amigos.

Lembro-me que uma vez trouxe a flor, e eu a apresentei a você. A flor que também não sabe ser solitária, trouxe o sorriso. Este último ficou seu amigo e vocês ficaram juntos a noite inteira. Ciúmes não... Eu estava com a alegria, te olhando de longe ou de perto. Apenas observando.

Te observo ainda, e espero, pois se um dia o sorriso te abandonar, pra perto da minha alegria eu te trarei e ali... descanse.

Um comentário:

Anônimo disse...

ah primo, vc escreve bonito demais!

:)