terça-feira, 5 de maio de 2009

Food for thoughts #1

Hoje entrei no perfil de uma colega de curso e comecei a ler as seguintes frases:


Engenheiro de alimentos não come, degusta.
Engenheiro de alimentos não cheira, reconhece odores.
Engenheiro de alimentos não toca, sente a textura. 
... Agora repare na pérola:
ENGENHEIRO DE ALIMENTOS NÃO PENSA, FAZ SINAPSE. 
O que é que uma SINAPSE tem a ver com a engenharia de alimentos, meu Deus? 

Eu penso sim, porra! Penso tanto que fiz questão de não copiar o texto que descrevia um neurologista e só trocar o nome da profissão pra embelezar meu Orkut!

Profissionais (ou futuros) sem orgulho me irritam. O curso superior já não mexe mais com seus alunos e a culpa é sempre do mercado de trabalho que está "muito difícil". Ou melhor, a palavra do momento é "em crise". 

***

Hoje foi um dia que deu gosto de trabalhar. As coisas pareciam fluir de uma forma tão natural em minha mente que o dia passou voando. Ajustes aqui e ali, conversas com fornecedores, cálculos de redução de custo, tudo isso entre um e outro café foi sendo resolvido. E foi exatamente aí que pensei: Se as pessoas tivessem orgulho e prazer em exercer sua profissão tudo poderia correr muito melhor para elas e para o mercado. 

É claro que a crise não se resume em uma questão de prazer em trabalhar versus dinheiro no final do mês. O buraco para as marcas consagradíssimas Forno de Minas e Frescarini, por exemplo, foi muito mais embaixo (ou em cima). A crise (real) afetou as vendas da General Mills, detentora das marcas, em sua linha de produtos Hagen Dasz nos EUA e gerou uma baixa de lucratividade que tornou insustentável os investimentos que eram realizados para reanimar as marcas brasileiras que já vinham perdendo mercado para a concorrência. O resultado foi o fechamento de uma grande fábrica, com ótimos profissionais e um potencial enorme de geração de emprego e renda.

Então quer dizer que se correr o bicho pega e se ficar o bicho come? 

Boas empresas com boas oportunidades profissionais nem sempre sobrevivem, mas isso não justifica a formação de profissionais defasados. Esta é a hora das pessoas que pensam, tanto no operacional como no administrativo. O mercado pede por boas idéias para tirá-lo desta crise. Qual é a sua? 

Esqueça as sinapses e PENSE.

Um comentário:

Ricardo Moraleida disse...

eu já falei qual é a minha idéia... mas você ainda tá pisando na minha janta...