quinta-feira, 28 de junho de 2007
domingo, 24 de junho de 2007
João "Sonho e Dor"
Ele não queria acordar. Sabia que o mundo lá fora estava correndo mas tinha esquecido seus tênis no dia anterior.
Era sábado.
Ligou o chuveiro ainda um pouco zonzo e, na sua cabeça, não havia nada que o pudesse tirar dali nos próximos 45 minutos. A água não muito quente nem muito fria lhe ativava a circulação e trazia seus sentidos à vida pouco a pouco, mas foi o susto que levou com as batidas na porta que completou o serviço.
- Sai já daí, menino! Vai ficar atrasado!
Dona Janice não gostava da idéia de um filho preguiçoso e isto não era segredo pra ninguém:
- João trabalha na feira porque quer! Filho meu não nasceu pra ficar na cama. Se estudar fosse suficiente, o mundo não estaria cheio de vagabundos como está. Meu João não! Vagabundo ele não vira.
João tinha seus doze anos e pouco sabia sobre a vida. Gostava mesmo era de brincar e comer - mas, cá entre nós, quem é que não gosta? Trabalhando na feira, cobiçava os bolinhos de sonho vendidos na banca de frente à sua e no dia do pagamento, esperava ansiosamente a hora de abocanhar um deles.
Sonho para João não era só o bolinho que comia com a boca melhor do mundo. Sonho era conhecer a cidade, ouvir o barulho das avenidas e andar de metrô. Vida que só conhecia na televisão.
De vez em quando vinham alguns homens de terno, passavam pela sua banca, compravam lembrancinhas e iam embora. O olhar de João por muitas vezes se perdeu nas riscas de giz daqueles ternos. Era assim até que chegasse o próximo cliente e o tirasse do transe.
Independente do sonho, João não saía com eles da feira às 18h. Seu mundo ficava ali. No lugar onde a preguiça não existe, mas o sonho precisa custar vinte e cinco centavos para se realizar.
Postado por Bruno Moraleida às 23:48 1 comentários
Marcadores: Para chamar de meu
quinta-feira, 21 de junho de 2007
=)
Postado por Bruno Moraleida às 22:47 8 comentários
Férias!?
Ahhh... O tão sonhado tempo! Férias!
A gente espera, espera, espera e, normalmente, ele não falha em chegar.
Esse ano porém estou num buraco negro entre a condição de férias e a condição de estagiário.
Trabalhe bem! Trabalhe rápido! Acabe com isso logo...
E Porto Seguro que me aguarde... pra trabalhar mais um pouquinho!
Postado por Bruno Moraleida às 10:54 1 comentários
Marcadores: O Nada e o Pouca coisa
sexta-feira, 15 de junho de 2007
"God"diving
Postado por Bruno Moraleida às 17:25 1 comentários
Marcadores: O Diferencial
quarta-feira, 13 de junho de 2007
Procura
Ela estava igual, porém, como sempre, diferente. Havia algo em seu olhar e seu timbre de voz denunciava alguma coisa nova, seja ela qual fosse.
Não importava, ela parecia feliz.
Os olhos dele procuravam por um mistério. Algo que nunca souberam explicar ou reproduzir. Sem saber, encontraram...
Por pouco não passa batido.
Eles nunca se perdoariam se por algum, ou nenhum, motivo tivessem perdido aquela fração de segundo representada por um "oi".
E continuaram andando...
Postado por Bruno Moraleida às 00:11 3 comentários
terça-feira, 5 de junho de 2007
Postado por Bruno Moraleida às 19:44 0 comentários
segunda-feira, 4 de junho de 2007
Sobre meninos e... "motoboys"?
De uns tempos pra cá tenho feito um retrospecto de alguns fatos da minha vida.
Me lembrei da época em que não sabia dizer "Eu te amo" ou usar a palavra "lindo". Me lembrei do tempo em que tinha um gosto musical extremamente duvidoso e, na mesma hora, me consolei lembrando de pessoas ao meu redor que já foram piores do que eu nesse mesmo quesito - pouparei os seus nomes. Lembrei também da época da timidez que me trincava os ossos e não me deixava tocar o interfone do escritório da minha tia Ana para lhe entregar o convite da minha formatura de oitava série. Bendito seja o motoboy que chegou e sem problema algum se identificou na portaria - a mim só restou fingir que havia chegado na mesma hora.
São momentos da vida que ficarão marcados pra sempre. Da maioria deles a gente aprende a rir e tirar uma boa lição, dos outros a gente só ri mesmo.
Penso que quando estiver mais velho, tiver meus filhos e começar a perceber neles pedaços desse meu eu que passou voltarei a dar risadas enquanto escolho se deixo que ele aprenda sozinho ou se faço o papel da voz da experiência que nunca é ouvida e, por fim, deixa que ele aprenda sozinho. Na vida a gente precisa se deparar com alguns "motoboys" para depois ter o que contar e ensinar.
Sei que ainda muitas pessoas diferentes cruzarão meu caminho e influenciarão o meu jeito de ser e pensar, só espero que algum de mim viva pra contar a história.
Postado por Bruno Moraleida às 17:40 5 comentários
Marcadores: Morfologia da mente
domingo, 3 de junho de 2007
Versos de um aprendiz
Aprendi que pessoas são difíceis de lidar
Que falamos o que queremos
Ouvimos muitas vezes o que não queremos
E por vezes o que não merecemos
Aprendi que por mais que isso aconteça
Não deve exitir nada
e eu digo nada
que vai me desanimar
Aprendi que posso fazer bem feito
Mas que sempre
e eu digo sempre
vai haver alguém para achar defeito
Aprendi que isso não é ruim
Me faz crescer
Saber
Ser
Cada vez melhor
Postado por Bruno Moraleida às 14:06 1 comentários
Marcadores: Para chamar de meu